Por tantas e tantas vezes, quase um rito,
Neste céu d’estrelas não deixarei que tu pouses,
E neste mar inconstante ouses e ouses.
Vem navegar por sobre essas nuvens
De espuma que se quebram ao teu vens,
Quebram-se ao vento na orla da doce presença
E do amargo adeus de vela e sentença.
Mas como são doces às canções dum navegador
Por entre brumas ou nuvens peregrinando
Pela vida inconstante como o teu mar de paixões
Movido pela sina do tempo e demais ações.
O que é o amar pergunta-se? Será qu’enxergará
Mesmo e a tempo de não terminar de navegar, será?
Tempestades aproximam-se, a vela pouco sabe
P’ra onde decerto vai, feito mar a resposta não cabe.
Luiz Rosa Jr.