quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Perdido Vale dos Mares das Novas Estações

Naquele vale a nova canção flui soberana, 
Abranda com os ventos as folhas leves e sem sono. . . 
Dizem do que já amaram, do que se ama 
Ou do que se amará, se viverá ao novo encontro, 

Aquele com as novas estações e amenas 
Em que o sol brilha ora tão esplêndido e ora morno 
Aos suavizares sussurrantes das serenas 
Brisas que vem de horizontes ao suave conforto, 

A nova canção sobrevoa o não raro vale, 
Em ecos sobe e declina em lágrimas de chuvas breves 
De saudades d'antes, ecos de passagens leves 

Cruzam o tempo pedindo que s’espalhe 
Pelos campos verdes, sempre vindouros, e crescentes 
Até as margens das luminosas águas presentes, 

Leve posso sentir que meu barco avança 
Pelas correntezas, e desce e sobe outros vales a se mover, 

Uma jornada, essa canção doce e mansa,
Uma luz radiante nessas águas a erguer tempos a envolver. 

Luiz Rosa Jr.