segunda-feira, 8 de julho de 2019

Suavizando

A mais doce poesia
Desce do céu como a prece dum anjo a arpejar
Notas tristes, mas inda sim melodia
Que eleva qualquer coração e faz o pobre almejar

Ilusões, as de amor
Que açoitam e afagam o coração com brandura
Em arpejos em harpa d’altar-mor,
E olho para o céu com a face pasma, aberta, pura

E de novo um mágico vento gira em valsas infantis
Aquelas das quais mais me tocam,

E eu me vou caminhante, o louco amante aprendiz,
Quem diz pelos ares que’evocam

Outros poetas, sedentos por paz e um bom destino
Que prevaleça o infindo bom hino.

Luiz Rosa Jr.