sábado, 15 de novembro de 2025

A Árvore do Tempo

Janelas antigas de lembranças 
Que passam na leveza de tantos ventos, 
Defronte a uma árvore uma criança 
Sem pensar qual será a dança 

Que moverá fluente todo intento 
Seu assim como os galhos altos e rasos 
Que contempl’ ao balanço dos raros, 
Suas raízes estão ali no tempo, 

Nas danças inconstantes e movimentos 
Passados e futuros que se fazem presentes 
Diante dos dias que só se seguem rentes. 

A árvore vive, porém como tudo morrerá 
Por conseqüência das estações inevitáveis 
Que se tem que passar ao cantar de vez 

Do pássaro raro e passageiro, se saberá 
A criança desse cantar envolto em segredo 
Do tempo, só se viver o seu mero enredo. 

Luiz Rosa Jr.