Cantam os corações dos ventos neste dia,
Só sei que tardia já suav’entoa
Acolá acima daquela alta colina de pedra.
Um pássaro passa muito ligeiro
Com zéfiro raro de úmido e fresco cheiro,
Absorto voa, se revira, atordoa.
Revigora o monte que ressoa e se quebra?
Acompanha o vento uma voz intercalada
Da melodia incorrupta espalhada
Que diz das folhas os segredos, devaneios
Tantos aos meus ouvidos, os de receios. . .
E para onde vai esta em voares de ave?
Ouvi-la alguns poucos conseguem
Pois seus corações facilmente se inflamam
Por não amarem enquanto outros amam,
Encontrem em si percepções, a chave,
A canção suave qual não seguem
Das com juras de amor p’ra sempre rente
E súplicas do que esperam ser diferente. . .
Luiz Rosa Jr.