sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Passageiro

Leve-me para o mundo de árvores e de fadas 
Na ocasião em que sonho acordado 
Com o conto saído de mim ritmado 
No instante d’encanto fantasiado. 

Aço! Resta ída! Está minha mão vivida atada? 
Faço fado, fardo melancólico, 
Fato doentio, ato melódico, 
Mato-me na poesia vivida agora. 

Quero jazer com a amada 
Fada solitária, a ilusão poética. 
Há via! Há vida! Há quimera!... 
Quem dera? Que mera... 

Há somente momentânea ética 
D’estro efêmero sem demora.

Luiz Rosa Jr.