Estamos
mortos,
Distantes,
mortos, em afastados portos,
Tudo
o que resta-nos é o nada,
Não
há o tempo,
Se
existe é só o do reles pensamento
Que
vão repetiu-se nos séculos.
Estou sozinho, pensando, e somente,
Esperando
a morte, que não demore,
É
tudo que mais desejo intensamente.
Que
isto ao momento não te apavore,
Ah quero morrer p’ra tudo nesta vida,
Para
as mesquinharias, e as contidas
Lembranças
deprimidas, os amores
De
modo perdidos, tais esperanças
Massacradas
e muitos terríveis temores.
Todos
hoje acabados às andanças
Minhas
nas palavras se finalizarão
E
as mesmas com minha dor inexistirão,
Estarei
livre, tanto que minha sepultura
Esta por entre outras não vai representar um
luto,
Por isso não sinto o sopro nem aquele susto
Do
que vem da morte, pois é de ternura,
Grande ternura a vir ninar-me como uma
criança,
Que não demore a dormir, e já logo descansa.
Luiz Rosa Jr.