Já morri para muitas coisas nos tempos narrados,
Mas jamais para a poesia e ventos contemplados
Com gosto suave de mar longe e folhas d'árvore ao lado.
Vivo e não vivo, estou e não estou, sou e não sou,
Eu digo no plural aos tantos quais também ressoo,
Se há uma multidão lá perdida dentro da própria multidão.
Deveras muitas coisas nos arrancam ou dão,
E tudo a depender da sorte que é de cada um,
Isso pode parecer algo do mais comum
Como acreditar em amores dos impossíveis.
No deserto sempre vive um oásis alguma vez,
Assim é o poeta sedento e a sua poesia,
Acha nela as propriedades mesmo que de breve fantasia,
Pois a dor apenas se abranda à mágica anestesia.
Valei-nos versos do dia! Valei-nos arte! És vida e tão vida
Mesmo que se morrendo a uma dor das sem saída.
Na mais terrível e vil escuridão há verso, música, canção,
E uns que andam mortos já mortos não mais estão.
Luiz Rosa Jr.
Mas jamais para a poesia e ventos contemplados
Com gosto suave de mar longe e folhas d'árvore ao lado.
Vivo e não vivo, estou e não estou, sou e não sou,
Eu digo no plural aos tantos quais também ressoo,
Se há uma multidão lá perdida dentro da própria multidão.
Deveras muitas coisas nos arrancam ou dão,
E tudo a depender da sorte que é de cada um,
Isso pode parecer algo do mais comum
Como acreditar em amores dos impossíveis.
No deserto sempre vive um oásis alguma vez,
Assim é o poeta sedento e a sua poesia,
Acha nela as propriedades mesmo que de breve fantasia,
Pois a dor apenas se abranda à mágica anestesia.
Valei-nos versos do dia! Valei-nos arte! És vida e tão vida
Mesmo que se morrendo a uma dor das sem saída.
Na mais terrível e vil escuridão há verso, música, canção,
E uns que andam mortos já mortos não mais estão.
Luiz Rosa Jr.